Indústrias dos EUA recebem orientações para reduzir o sódio nos alimentos processados

Em junho de 2016, a Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) indicou ações de redução de sódio aos restaurantes e fabricantes de alimentos norte-americanos. Caso a proposta seja bem-sucedida, o consumo de sódio entre os americanos alcançará a marca de 3.000mg diárias em dois anos e, em um período de 10 anos, esse valor passaria a ser de 2.300mg. Além disso, segundo a estimativa do FDA, cerca de 500 mil vidas seriam salvas e U$ 100 bilhões economizados em custos de saúde.

Estratégias para reduzir o consumo de sódio estão sendo desenvolvidas por todo o mundo. Na Grã-Bretanha, por exemplo, foram estabelecidas ações semelhantes às indicadas pelo FDA e foram capazes de reduzir em 15% o consumo de sódio entre 2003 e 2011, segundo estudo publicado pelo British Medical Journal, em 2014. O estudo afirma também que os casos de óbito causados por derrames e ataques cardíacos apresentaram redução de 42% e 40%, respectivamente.

Os americanos consomem uma média de 3.400mg de sódio por dia, esse valor equivale a quase 1,5 colheres de chá de sal e representa quase 50% a mais das 2.300mg já recomendadas pelo governo federal. Além disso, 70% do sódio consumido pela população norte-americana tem origem de alimentos preparados e consumidos fora de casa, como refeições servidas em restaurantes e produtos embalados. Por esse motivo, o FDA inicia as ações focadas nesse tipo de alimento.

Em comparação aos americanos, a população brasileira consome 29% a mais de sódio, chegando a 12.000mg diárias. Para reverter esse quadro, o Ministério da Saúde, em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), desenvolveu o Plano Nacional de Redução de Sódio em Alimentos Processados, que tem como objetivo retirar 28.562 toneladas de sódio dos alimentos de forma voluntária até o ano de 2020.