A indústria de alimentos vem sendo impactada por diferentes tendências. Uma das principais que vem ganhando novos adeptos é a de saudabilidade. Esse nicho vem transformando as leis e a forma com que muitos produtos se apresentam - o que envolve desde a redução de sódio até itens sem glúten e lactose em maior quantidade nas gôndolas. No Brasil, o mercado de produtos com esse apelo movimentou US$ 34,7 bilhões em 2014, 72,3% a mais do que o montante registrado cinco anos antes, em 2009, segundo levantamento da Euromonitor.
O maior crescimento se deu no segmento destinado à intolerância alimentar, que saltou 211,5% neste mesmo período - passando de US$ 50,3 milhões para US$ 156,7 milhões. Muitas companhias vêm utilizando essas categorias como estratégia, tornando o Marketing nutricional uma forma de diferenciação de produtos, o que caracteriza uma ação inovadora com o objetivo de fornecer informações nutricionais sobre seus produtos ao consumidor, permitindo-lhes a opção consciente de alimentos de acordo com o estilo de vida de cada um.
Esse é um setor diferenciado de publicidade, que trabalha com extrema assertividade e com muita estratégia, buscando atingir uma enorme gama dentro de segmentos do mercado. Esse ramo envolve basicamente diferentes tendências, trabalhando não só acerca da propaganda, mas também pela responsabilidade socioambiental, pelas regras de segurança e saúde, pela qualidade nutricional do cenário nacional, pela política de preços, entre outros fatores.
Inicialmente, incluir tabelas de valores nutricionais nos rótulos alimentícios foi utilizada pela indústria como uma tática, o que virou lei de rotulagem nutricional, passando a não ser mais um diferencial, mas sim uma obrigatoriedade. Esse tipo de comportamento da indústria insere a marca na promoção da saúde pública, o que torna a empresa participante do processo de educação alimentar da população, gerando benefícios à marca.
Cada rótulo e cada embalagem faz parte do trabalho desenvolvido dentro do Marketing de alimentos, que também marca presença em cardápios de restaurantes, promoções de refeições, entre outras ações. As empresas devem estar atentas a tudo que cerca o comportamento de compra do consumidor por meio de características como ter habilidade para se adaptar a um único formato ou ainda direcionar-se a grupos-alvo bem definidos. A análise deve levar em conta se o item pode ser funcional e ter habilidade para captar a imaginação do consumidor ou ainda se determinada marca será bem recebida no aspecto de saúde. Isso porque quando um produto é associado à doenças ou sobrepeso é necessário mais do que uma simples apresentação de um novo item: será necessário reformular toda comunicação e visão da corporação.
Fonte: Aditivos e Ingredientes