E coloque mais essa na conta da ingestão excessiva de sal: além de afetar a saúde cardiovascular, ele parece abalar os rins, órgãos responsáveis por remover impurezas do sangue. Um estudo da Universidade de Groningen, na Holanda, focou-se em 45 pacientes que já sofriam de insuficiência renal crônica, um problema marcado pela perda progressiva das funções dessa dupla de filtradores e que causa fadiga, náuseas, pele seca, dores… Os cientistas basicamente pediram para alguns dos voluntários reduzirem o consumo de sódio durante quatro períodos de oito semanas.
Os resultados mostram que cortar o excesso de sal diminui a perda de certas proteínas pelos rins, um indicador usado pelos médicos para verificar o avanço da doença. Aliás, outra parte dos participantes recebeu doses de um medicamento que ativa receptores de vitamina D, mas sua eficácia foi bem menos expressiva. Ou seja, o simples ato de não abusar do tempero em questão seria mais eficaz do que tomar esse medicamento. Apesar disso, cabe ressaltar que as melhores respostas apareceram quando os participantes lançaram mão das duas estratégias ao mesmo tempo.
Outro ponto curioso: antes do experimento, os pacientes tendiam a engolir 4 gramas de sódio por dia. Com o estímulo dos profissionais, eles conseguiram reduzir essa quantidade para 2,5 gramas, o que é ótimo, mas ainda assim segue acima da recomendação internacional de ingerir, no máximo, 2 gramas. Isso significa que mesmo uma diminuição moderada no consumo já traz vantagens consideráveis.
Entretanto, é importante ressaltar que mais estudos, envolvendo um número maior de voluntários, serão necessários para confirmar essa relação e a magnitude dos benefícios. O fato é que a hipertensão, classicamente associada ao maior consumo de sal, comprovadamente agride os rins. Portanto, ao controlar as pitadas de sal e não se esbaldar de produtos industrializados cheios dessa substância, você se afasta da pressão alta e indiretamente preserva as funções renais.
Fonte: Portal Saúde - Editora Abril