Em 2011, instituições como o Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (ABIA), Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias (ABIMA), Associação Brasileira da Indústria de Trigo (ABITRIGO) e Associação Brasileira de Panificação e Confeitaria (ABIP), reuniram-se para assinar um termo de compromisso com a finalidade de estabelecer o monitoramento da redução do teor de sódio em alimentos processados no Brasil.
Por meio da coleta de amostras laboratoriais, foi possível obter informações complementares ao monitoramento anual da redução do teor de sódio em alimentos processados. A análise de 24 diferentes alimentos que foram colhidos no comércio pelas vigilâncias sanitárias demonstrou que, em relação ao conteúdo absoluto de sódio, os teores médios mais elevados foram verificados nas misturas para o preparo de sopas, macarrão instantâneo, massa alimentícia, biscoito de polvilho e biscoito salgado.
É importante destacar que, em excesso, este mineral pode ser extremamente nocivo à saúde, justamente porque retém água, estimula os vasos sanguíneos e, por fim, eleva a pressão arterial – sua condição maléfica mais conhecida. É importante ficar atento à quantidade consumida diariamente, pois segundo recomendação, esta ingestão não pode ultrapassar quatro gramas de sal (ou 2,8 gramas do mineral). Se ocorrer excessos, a propriedade osmótica do cloreto de sódio, principal componente do sal, atrai moléculas de água para si, o que leva a retenção de líquidos. Já os vasos, que estão acostumados com um determinado volume sanguíneo circulando dentro deles, passam a se contrair quando o sistema sai da normalidade para tentar diminuir o fluxo e restabelecer o estado habitual. Este problema leva aos sintomas mais comuns que são: inchaço nas pernas, mãos e tornozelos, falta de ar, dores ao andar, retenção urinária e pressão sanguínea elevada.
A principal diferença entre sal e sódio é que o mineral corresponde a aproximadamente 40% da composição do produto, que é cientificamente chamado de “cloreto de sódio”. Ou seja, o sódio é um dos componentes do sal, mas está presente também em diversos alimentos, como os industrializados. Para manter o equilíbrio e problemas relacionados ao excesso do consumo de sódio não existirem, é necessário repor a quantidade de líquido retida. De acordo com recomendações, para cada nove gramas de sódio, 1 litro de água deverá ser ingerido para que o organismo não sofra com esta quantidade de mineral. O ideal, entretanto, é que as pessoas tenham maior consciência na hora de se alimentar. Desde a hora de comprar produtos que não contenham tanto percentual de sódio em sua composição, até o momento de se policiar na hora de escolher os alimentos que vão servir de refeições durante o dia.
Fonte: Portal Anvisa