Nas preparações dos pratos, é muito comum encontrarmos a orientação “sal a gosto” nas receitas. Mas é preciso tomar cuidado com a quantidade de sal adicionada — muitas vezes o “a gosto” ultrapassa o limite de 5 gramas recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o consumo diário.
Ao menos 2g desse valor está presente naturalmente nos alimentos. O restante é proveniente do sal adicionado à comida. O brasileiro, no entanto, consome cerca de 12g de sal por dia, que equivale a 2,5 vezes a mais do que o recomendado.
Estudos da Sociedade Brasileira de Cardiologia e da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF 2008-2009) apontam que a maior parte do sódio consumido diariamente é proveniente do sal de cozinha, sendo que até um quarto deste sal é adicionado à comida durante o preparo.
O excesso de sódio, principal componente do sal de cozinha, pode aumentar os riscos de doenças cardiovasculares, como AVC (Acidente Vascular Cerebral) e hipertensão arterial. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia, mais de 30 milhões de brasileiros possuem a pressão arterial elevada. A taxa de morte por hipertensão arterial cresceu 13,2% na última década.
Em contrapartida, as indústrias assinaram um acordo com a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA), criando metas de redução de sódio nos produtos. “Esse acordo vêm cumprindo um papel importante, sendo que as indústrias hoje já oferecem opções de temperos e caldos com redução de até 30% de sódio”, afirma a nutricionista.
Para evitar o consumo exagerado, algumas dicas simples como retirar o saleiro da mesa e respeitar as indicações de uso podem ajudar. O importante é diminuir a quantidade usada aos poucos e deixar o paladar se acostumar.
Fonte: nutricionista Márcia Gowdak, nutricionista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) e da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH).
Fonte: Destaque SP