De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), há um plano de ação global até 2020 focado em reduzir doenças cardiovasculares, diabetes, câncer e doenças respiratórias crônicas – principais causas de mortalidade e morbidade no mundo e que possuem fatores de risco em comum. Entre as ações que compõem esta iniciativa, está a redução de 30% do consumo de sódio na população.
Esta diminuição da ingestão do sódio está ligada à quantidade que o Brasil consome atualmente, já que este valor excede mais de duas vezes o recomendado pela própria OMS. Segundo dados, a maior parte deste consumo é proveniente do sal de cozinha, mas alimentos industrializados também estão neste ranking.
As ações previstas pela OMS incluem a redução voluntária de sódio em alimentos processados, o aumento da oferta de alimentos saudáveis, a rotulagem e informação ao consumidor, e a educação e sensibilização para consumidores, indústria e profissionais de saúde.
Neste ano, em conjunto com a OMS, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) convocou a indústria produtora de alimentos para reduzir o sal em seus produtos, especialmente os mais consumidos por crianças. Segundo a consultora da Instituição, Branka Legetic, “a maioria de nós nem sequer sabe o quanto de sódio consome, isto porque a maior parte do sódio que consumimos está inserido em alimentos processados, prontos para consumo. Para mudar este cenário, parte da solução deve partir da indústria produtora de alimentos, que deve reduzir o sódio nos seus produtos”.
Fonte: Nações Unidas BR e Redução de sódio em alimentos: uma análise dos acordos voluntários no Brasil. / Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor. Cadernos Idec – Série Alimentos – Volume 1. São Paulo: Idec, 2014.