Competências pessoais que auxiliam na inovação e P&D

No mercado de trabalho é importante saber que a troca de experiências com consumidores, fornecedores e colegas de trabalho atuantes em outras áreas permite conhecer as limitações de cada profissional, além de possibilitar a reflexão de possíveis melhorias dentro do processo da empresa.

Profissionais que atuam na área de inovação de alimentos podem, além do conhecimento técnico, desenvolver competências pessoais que os auxiliem no trabalho de pesquisa e desenvolvimento (P&D). Existem características específicas de cada indivíduo, capazes de contribuir para o crescimento profissional, principalmente na área de P&D e inovação. São elas: curiosidade, criatividade, mentalidade de aprendizado, empatia, visão sistêmica, repertório, resiliência e a capacidade de observação. Saiba mais sobre cada uma delas:

A curiosidade pode auxiliar na descoberta de soluções para dificuldades ainda não enfrentadas, além de novos problemas que podem surgir para a solução inicialmente encontrada. Essa é uma forma de ir além daquilo que já foi pensado e de lançar no mercado técnicas novas e produtos competitivos. A criatividade também pode ser trabalhada a fim de render produtos, métodos e soluções diferentes do que geralmente é pensado pelos demais profissionais. Por meio dessa competência, encontram-se novas experiências, que rendem descobertas úteis para qualquer tipo de trabalho.

Ter uma mentalidade de aprendizado é importante para quem atua na área de P&D, justamente porque novos conhecimentos têm como consequência novas soluções. Essa competência se baseia em aquisição de aprendizado, colocando de lado aquilo que já se sabe e abrindo-se para conteúdos ainda desconhecidos.

Já a empatia é uma competência que atua, principalmente, no relacionamento com o consumidor, a fim de saber como o mesmo se sente em relação a determinado produto ou técnica de produção. Para incluir a empatia no P&D, não basta apenas conversar com um consumidor e promover as mudanças cabíveis. É necessário colocar-se no lugar daquela pessoa e entender suas necessidades com base em suas experiências pessoais.

Nesse sentido, a visão sistêmica deve acompanhar os profissionais de P&D por conta dos processos de produção e inovação na indústria alimentícia. É importante que, dentro da empresa, o profissional conheça os processos de forma global, desde o seu beneficiamento até a entrega do produto final ao mercado, não se limitando apenas ao conhecimento dos mecanismos aplicados na sua área ou setor. Sendo assim, um repertório amplo e variado é o que define um bom profissional de um profissional completo. A partir do momento em que se estende o conhecimento além da área de atuação, é possível pensar em problemas e soluções até então desconhecidos e, por isso, descartados. Engenheiros e nutricionistas, por exemplo, devem promover a troca de conhecimento entre essas duas áreas, e ambos devem se interessar por outras vertentes encontradas dentro da sua atuação como a evolução da tecnologia.

Não é possível evoluir e desenvolver novos produtos sem antes cometer erros que, dependendo de sua dimensão, podem desanimar um profissional e até uma equipe inteira. Pensando nisso, a resiliência é importante para enfrentar situações causadas por possíveis falhas, possibilitando o aprendizado e promovendo novas oportunidades. Ser observador é uma característica capaz de auxiliar no trabalho de pesquisadores porque pode ser aplicada em situações novas, que estão fora do habitual. É possível aguçar a capacidade de observação quando tentamos novas experiências. Dessa forma, saímos do modo automático e prestamos atenção em coisas que antes passavam despercebidas, isso pode ajudar a evitar erros e a pensar em novos métodos de trabalho.